Meu bom Pai,
Não tive o privilégio de o conhecer enquanto estava vivo, mas tive a alegria de entrar em contacto consigo quando os seus restos mortais foram transferidos do cemitério para a cripta.
Eu vi-o!!!! Estava maravilhosamente preservado. Estava ali deitado, calmo, aberto perante o olhar de todos. Eu toquei-vos! Consegui levantar os seus dedos unidos para rezar. Eram flexíveis como todo o seu corpo. Fiquei fascinada com os vossos lábios ligeiramente semiabertos. Tinham a intenção de sorrir? Em vez disso, sussurraram com a mesma convicção: “Minha filha, és sempre fiel ao chamamento que recebeste? Calma, dócil, gentil, generosa, simples, humilde, paciente, e o seu coração continua a arder de amor por Jesus, o Salvador? Quão feliz e pacífico é o coração unido a Deus!”
Sim, compreendi bem as vossas palavras, sussurradas em silêncio. Sim, Pai, quero ser tudo para Deus, mas Vós conheceis a minha fraqueza, a minha vulnerabilidade, por isso, meu bom Pai, conto convosco para me manterdes desperta. Peça ao Espírito Santo para me guiar, para me encorajar.
Obrigada, meu bom Pai, por estares tão próximo de todas as tuas filhas. Obrigada por todas as cartas cheias de encorajamento e afecto do qual vos testemunhais. São sempre uma fonte de alegria e de bons conselhos.
Até breve! …………. Estou ansiosa por vos voltar a ver!
A sua filha carinhosa e grata.
Marie-Jean Barthès, RSCM