A Sexta-feira Santa é mais do que apenas um dia de jejum e abstinência, é um chamado para examinarmos nossos corações e nos alinharmos com o sofrimento de Cristo. Ao fazermos nosso jejum hoje, lembremo-nos de que, por meio de nossos sacrifícios, participamos do mistério do sofrimento de Cristo, aproximando-nos cada vez mais do coração de Deus. Que este dia aprofunde nossa fé, transforme nossos corações e nos inspire a incorporar o amor de Cristo em nossas comunidades, famílias e no mundo. Hoje, somos lembrados de que o sofrimento de Cristo não foi em vão. Por meio de Sua obediência e sacrifício, Ele se tornou a fonte de salvação eterna para todos os que Lhe seguem. A prática do jejum e da abstinência hoje serve como uma oportunidade de nos alinharmos mais de perto com a paixão de Cristo. Ela nos incentiva a examinar nosso coração e a levar nossas lutas diante de Deus, buscando Sua graça em tempos de provação. GS/7/XI/80/A* Jesus nos ensina que somente se formos como Ele é que nos reconhecerá como Seus irmãos e irmãs. Aqui estão Suas palavras: “Se me perseguiram, também perseguirão a vocês”.
O evangelho de hoje relata a paixão de Cristo em uma narrativa profundamente comovente, desde Sua condição no Jardim do Getsêmani até Sua crucificação e sepultamento. Testemunhamos a realidade do sofrimento de Cristo, a traição dos amigos e a ridicularização dos inimigos. Jesus permanece firme, personificando o amor e o perdão mesmo em Seus momentos finais. A paixão de Cristo ressoa em nossas próprias lutas, lembrando-nos de que não estamos sozinhos em nosso sofrimento. A experiência de Jesus nos incentiva a encontrar esperança e propósito em nossos próprios desafios. Sua disposição de suportar a humilhação é uma boa lição para cada um de nós fazer sacrifícios pelo bem-estar dos outros, sejam eles familiares, amigos, irmãs em nossas comunidades e aqueles que encontramos em nossa vida diária. Também somos desafiados a examinar nossos próprios corações e considerar quem precisamos perdoar em nossas vidas, pois isso pode levar à cura pessoal e à reconciliação. Em sua carta GS/9/VII/80/A*, o Pe. Gailhac escreveu: “Tudo de bom vem do Calvário. A cruz de Jesus é a nossa única esperança. Ninguém pode ser salvo a não ser pela cruz, mas a cruz pode nos salvar somente na medida em que nos beneficiamos da graça que ela oferece. Não nos beneficiaremos da cruz de Jesus se não carregarmos a cruz com Ele. É por isso que Jesus disse: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias da sua vida e siga-me”.
Ao mergulharmos na narrativa da paixão de Cristo, refletimos sobre nossa própria vida. Como reagimos ao sofrimento? Espelhamos o amor de Cristo em nossas interações com os outros? Hoje, a paixão do Senhor nos incentiva a nos desapegarmos dos confortos e destruições mundanos, o que nos permite focar no verdadeiro significado do sacrifício e da redenção. Ao venerarmos a cruz, ela nos lembra de nosso próprio compromisso de seguir os passos de Jesus. Também refletimos sobre seu significado em nossas vidas, lembrando-nos de que, por meio do sofrimento, ressuscitamos e começamos uma nova vida.
“Que Jesus, obediente até a morte em uma cruz, seja nossa força e consolo.” Fr Gailhac (GS/7/XI/80/A)
Que Deus nos abençoe.
Por Irmã Plynet Tachekwa
Foto: Unsplash